sexta-feira, 10 de outubro de 2014

ALINE USA TRIBUNA PARA AGRADECER AOS ELEITORES E PARA FALAR SOBRE O HOSPITAL.



Após dois meses licenciada para cuidar da sua candidatura à deputada estadual pela região, a vereadora Aline Sleutjes já na segunda feira retornou aos seus trabalhos no Legislativo e ontem participou da sessão ordinária. Utilizou a tribuna para agradecer aos eleitores e para falar sobre o hospital de Castro. Confira o discurso na íntegra:

“Vou utilizar esses meus minutinhos hoje para agradecer e justificar algumas situações pertinentes a esse tempo em que estive fora da Câmara. Nestes dois meses eu tive uma escola tão boa de política, que nem os quatorze anos de envolvimento me possibilitaram tal experiencia. Foi uma campanha de muito sofrimento, perseguições, desgaste, não só físico, mas emocional e estrutural. Eu agradeço a todos os apoiadores, amigos, colaboradores e a todos os eleitores que me deram este resultado, 19.059 votos em 127 municípios. Em Castro eu tive a grata satisfação de ter 15.592 castrenses que gostariam que os representassem em Curitiba, trazendo melhorias para o nosso Município e representando com orgulho nossa cidade que passa por tantas dificuldades. E umas destas dificuldades, inclusive, me acarretou uma perda de três a quatro mil votos na última semana, porque passei por dezenas de situações de perseguições no face, informação no boca a boca e corpo a corpo, dizendo que se a vereadora que estava na Câmara todo esse tempo não fez nada pelo hospital como que faria enquanto deputada, ou mentiras como a que eu teria assinado um papel determinando o fechamento do Hospital. 

Pesquisas apontavam que eu faria de dezoito a vinte mil votos em Castro e eu tive 15.592 votos é uma demonstração de que pessoas de má fé,  pessoas que não querem o bem de Castro me tiraram a situação de, talvez, ter uma votação ainda maior no meu Município. Quero dizer que foram muitas as ações que fiz pelo Hospital , doações, campanhas, reuniões, visitas, fiscalização e cobrança, participação efetiva no Conselho de Saúde... mais infelizmente a função de vereadora é limitadora e não me dá chance de resolver o problema, a solução efetiva talvez eu tivesse sendo deputada.

Não foi minha culpa ou dos meus votos,  não estar em janeiro em Curitiba; foi a incompetência dos meus colegas do PSDC em não fazer a legenda. Gostaria, amigos vereadores, que nós tomássemos peito, a partir de agora, e cobrássemos mais ainda do que já cobramos durante esses meses, com muito mais intensidade, porque muitas foram as ações que  fizemos em relação ao hospital, muitos foram os requerimentos e indicações, muitas foram as vezes que eu, particularmente, fiz reuniões na minha casa com médicos, enfermeiros, técnicos, secretaria de saúde, chefe de governo pra tentar encontrar  uma saída pro Idaxa que não estava respondendo e fazendo tudo que deveria em relação ao plano de ação. Em nenhum momento os vereadores desta Casa ficaram alienados à situação da saúde, em nenhum momento os vereadores desta casa ficaram esperando a coisa acontecer, só que infelizmente pessoas de má fé que eu nunca vi aqui dentro da nossa Casa, que eu nunca vi acompanhar uma audiência pública, que eu nunca vi numa conferência da Saúde, que eu nunca vi numa reunião do conselho da Saúde, o qual eu faço parte e, por isso, eu posso falar com propriedade porque não estiveram lá em nenhum momento usaram de má fé utilizando e jogando nosso Legislativo contra o povo e o povo contra esse Legislativo. 

Infelizmente o hospital passa por dificuldades gigantes, e nós as conhecemos, e não estamos felizes, porque ninguém está feliz, ninguém está feliz com situação de hospital semifechado ninguém está feliz com falta de atendimento, ninguém está feliz com falta de estrutura para cirurgias básicas, ninguém está feliz de mandar gestante ganharem bebê em Ponta Grossa, mas infelizmente só questionamento e só o falar mal não resolve o problema; nós temos que achar soluções. Talvez se eu tivesse sido eleita deputada eu tivesse condições de ajudar muito mais porque só os recursos anuais que um deputado tem poderia estar trazendo pra Castro e poderia ajudar bastante, mas infelizmente essa possibilidade já passou, não posso ficar chorando o leite derramado, temos que achar outros mecanismos pra isso acontecer. 

Não somos ferramenta de decisão, não temos a caneta para decidir, não temos como efetivar as reais melhorias que gostaríamos de fazer, mas temos de nos inteirar, fazer parte do conselho da Saúde, tentar ajudar agora da melhor forma possível, forçando, inclusive, os deputados que vocês elegeram para que tragam recursos pro nosso Município e que façam realmente a saúde de Castro ir pra frente. Não adianta ficarmos julgando que a coisa não está andando se não acharmos mecanismos pra ajudar. Então, agora é um trabalho em equipe, se esse Legislativo quer ajudar, cada um com seu deputado que foi eleito, busque recurso, porque teve deputados que tiraram votações gigantes em Castro e não é o primeiro mandato, é o segundo, terceiro, quarto, quinto, e até hoje não trouxeram um real para o nosso hospital e um real pra nossa saúde. E este é o momento de nós cobrarmos, se nós temos os deputados que tiveram votações expressivas no nosso município eles têm de dar contrapartida, trabalhando.

Dos 51.580 eleitores de Castro, apenas 82,39 votaram, quer dizer que 17% não foram pras urnas. É muito alto, muito alto! Essa votação poderia significar uma mudança muito grande na votação de um castrense. Infelizmente 3.057 castrenses votaram em branco, 943 anularam, talvez por opção ou talvez por não prestarem atenção que a eleição chegava e não tiveram tempo de escolher o candidato que eles gostariam que os representassem, mas a verdade é que esses 17% mais esses 3.057 e mais esses 943 deixaram de mudar, realmente, a cara do nosso Município, dos 38.499 que votaram em candidatos, em legendas, ou em outros candidatos de fora, apenas 22.635 votaram em candidatos castrenses... Então a gente tem um diagnóstico de que está melhorando, os castrenses estão se envolvendo, nós estamos começando a colocar a ideia, plantando a semente de que a gente pode sim ter um deputado eleito no nosso Município. Eu fico muito feliz com esses 15.592 votos porque foram votos de extrema doação, por opção, eu não comprei voto, eu não paguei para por placa, eu não dei um centavo para porem meu adesivo, eu não dei churrascada, foram votos de confiabilidade e de consideração em relação ao trabalho que eu já desenvolvi e estou desenvolvendo enquanto vereadora. 

Quero agradecer imensamente toda minha família, principalmente meu marido e meus filhos que eu deixei abandonados nestes três meses. Esse último mês eu trabalhei 17 horas por dia e foi um trabalho árduo, difícil. Quero agradecer muito os amigos, e apoiadores, as pessoas que realmente vestiram a camisa. Quero agradecer a igreja católica, em especial ao Padre Gilmar, Padre Edemar e padre Luiz, párocos das paróquias. Eu nunca vi a igreja católica tão ativa, tão prestativa em fazer a diferença na política.

Quero agradecer aos pastores que se envolveram na minha campanha, quero agradecer cada comentário, mensagem, telefonema que eu recebi no domingo à noite e depois na segunda, terça e hoje. Confesso pra vocês que no domingo a noite foi muito triste, porque eu pude observar que não faltou nada de mim, eu fiz o dobro da votação do segundo colocado do meu partido, eu fui a mais votada, Castro e região me deram essa condição, mas infelizmente o PSDC não fez a tarefa de casa, não conseguiu fechar a legenda. Nós teríamos que ter feito 106.800 e não fizemos, o time não trabalhou. Então eu fico entristecida em relação a Castro não ter um representante local, mas eu também fico feliz em ver o número de castrenses que depositaram o seu voto de confiança em mim.

Quero dizer também a vocês nobres colegas que eu volto pra Câmara com a consciência tranquila, eu fiz tudo que estava nas minhas condições, nas minhas possibilidades; sem apoio de prefeito sem apoio de vice-prefeito e também sem apoio de vocês e aqui não é uma crítica, porque eu sei que muitos, por questões de fidelidade partidária, tinham que apoiar seus candidatos, mas alguns não tinham obrigações nenhuma, poderiam ter me ajudado. Hoje eu posso dormir sossegada, deitar na cama e falar: Eu fiz o meu melhor, fui a mais votada do PSDC, a mais votada na coligação e a mais votada em Castro..

Quero dizer para vocês que, nestes três meses, eu pude aprender muito e pude enxergar atrás das cortinas de uma campanha. Nós vivemos às vezes, numa ilusão que a política é o que nós fazemos aqui, com a seriedade e dedicação, mais tem muitas coisas ruins por traz de tudo isso aqui. Quero dizer a vocês que seu saio fortalecida da campanha, eu não sou uma perdedora. Esses 19.059 votos mostram que ainda dá pra ter política de cara séria, de jeito novo, sem ter que comprar votos,  sem ter que trocar favores, sem ter que vender a alma para ganhar votos. 

Eu estou muito feliz com Castro, com a região, estou muito contente com todos  os meus eleitores que apostaram em mim, apostaram em meu nome. E quero dizer que eu volto com força total,  meu comprometimento com este Município é ainda maior, e que vamos continuar na fiscalização, na cobrança, na reivindicação, questionando quando a coisa está mal e incentivando quando as coisas vão bem. Vou fazer o melhor trabalho possível nestes próximos  dois anos de mandato.

Agradeço a Deus pela saúde, pela oportunidade, e que Deus nos ilumine que nós possamos fazer sempre o melhor aqui na casa de Leis, a casa onde nós representamos esse povo tão querido e que tanto precisa do nosso trabalho. E que o foco desta Câmara seja realmente ajudar, de todas as formas, a tirar a nossa Saúde da UTI. Deus abençoe a todos vocês!”.


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Santo Agostinho