quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

SESSÃO 24-02- REQUER SOBRE PAVIMENTAÇÃO NA VILA SANTA CRUZ

Requerimento, de autoria da vereadora Aline Sleutjes, apresentado na sessão ordinária desta quarta-feira, 24, solicita relação e informações de quais ruas da vila Santa Cruz serão contempladas com pavimentação e demais melhorias.
Desde que o anúncio de pavimentação foi feito pela Administração Pública, os moradores que há muito vêm reivindicando melhorias aguardam ansiosos pelo início dos trabalhos. Muitas ruas do bairro estão em estado precário necessitando das melhorias.

O requerimento apresentado reitera proposição já apresentada pela vereadora em outubro do ano passado acerca do mesmo assunto.
Nesta sessão ficou definido também a data da audiência pública para discutir sobre o projeto de lei 173/2015, que concede Auxílio Transporte aos estudantes de curso superior e curso técnico, que tramita na casa e aguarda documentação do Executivo. A audiência pública será realizada no sábado dia 12 de março às 14 horas.

Dando sequência às votações, foram aprovados após turno único outros dez projetos de lei. Do total três são de autoria do Executivo Municipal e o autorizam a abrir crédito adicional suplementar no valor de R$ 460 mil para assegurar a aquisição de material, medicamentos e equipamentos para o Hospital Municipal Anna Fiorillo Menarim, a alterar a composição do Conselho Municipal de Educação e a instituir o Programa de Adoção de Praças Públicas e áreas verdes de Castro.

As outras sete propostas nominam ruas localizadas no Tronco e praça e travessa no Jardim das Araucárias II.

Após segunda apreciação em plenário, o projeto n° 195/2015 foi aprovado e segue para sanção. A matéria altera a Lei n° 1.467/2006, visando melhor dispor sobre o processo de tombamento histórico no Município, estabelecer as competências do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural e criar o Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial.

Projeto de Lei sob n° 192/2015, que autoriza o Executivo a realizar transferência de titularidade de imóveis relativos aos Programas Habitacionais do Município, recebeu votação favorável e passará por segunda discussão na próxima sessão.

A próxima sessão ordinária será realizada na quarta-feira, dia 24, às 14 horas.

             Fotos: Claudia Geisler





Executivo apresenta cumprimento das metas do ano de 2015

Após sessão ordinária aconteceu no Plenário a audiência pública para avaliação do cumprimento das metas fiscais do Executivo Municipal referente ao 3° quadrimestre de 2015. 

O novo secretário da Pasta de Administração, Renato Caetano, pontuou que as receitas do ano de 2015, somando-se as correntes e de capital, totalizaram R$ 159.138.585,13, e as despesas fecharam o ano em R$ 149.069.826,96. Entretanto, o excedente de pouco mais de R$ 10 milhões, será empregado no pagamento de contas empenhadas até o dia 31 de dezembro do referido ano.

Do total dos recursos arrecadados em 2015, 31,44% foram investidos em educação, sendo que o mínimo determinado para o município de Castro é de 28%, e em saúde foram aplicados 22%, mais do que os 15% impostos pela Constituição Federal. 

No que tange a índice de gastos consolidados com pessoal, o Executivo encerrou o último ano apresentando um percentual de 54,93%, 0,93% maior do que o limite máximo estipulado pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

Este último quesito, bem como questões relativas a arrecadação de impostos, pagamento de professores do magistério, contratações de pessoal para o hospital, número de secretarias, e valores aplicados com aquisição de uniforme e material escolar, foram temas dos questionamentos das vereadoras Aline Sleutjes Roberto, Maria de Fátima Barth Antão Castro e Joel Elias Fadel, ao final da apresentação dos relatórios.

* Com informações da Assessoria de Comunicação da Câmara de Castro.




quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Saúde apresenta relatório do 3° quadrimestre de 2015

O Secretário Municipal de Saúde, Júlio Cesar Sandrini, esteve na Câmara Municipal de Castro na tarde desta terça-feira, dia 23 de fevereiro, para apresentar à Comissão Permanente de Saúde e Assistência Social o relatório da prestação de contas da pasta referente ao terceiro quadrimestre de 2015.
Através da prestação de contas a Secretaria disponibiliza planilha de gastos e ações desenvolvidas pela gestão, tendo como base o Plano Municipal de Saúde 2014-2017 e a Programação Anual de Saúde de 2015.
Conforme especificado no documento exibido, no quadrimestre analisado, que compreende os meses de setembro, outubro, novembro e dezembro, as receitas totalizaram R$ 14.658.249,15 e as despesas somaram R$ 13.649.006,25. Sandrini esclareceu que a diferença não significa que estão sobrando recursos, visto que verbas advindas do Governo Federal estão chegando atrasadas e, parte das receitas recebidas nestes últimos três meses de 2015 deveriam ter sido enviadas nos meses anteriores. O secretário também abordou sobre as ações e cumprimento de metas nos diversos eixos da saúde e sobre o processo de reestruturação do trabalho do setor.
Sandrini relatou que foram feitas mudanças no organograma dos cargos comissionados e a revisão das concessões de gratificações, o município está aderindo ao programa saúde na escola em parceria com a pasta de educação, irá implementar um relatório de atividades e um plano de educação permanente  com cursos de capacitação todos os meses.
Sobre o hospital, o secretário explicou que a primeira parte está finalizada com a maternidade e clínica médica prontas, mas que, dentre todas as adaptações para assumir a gestão do hospital, o maior entrave é o limite de contratações imposta pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
Ao final da explanação e quando questionado pela vereadora Aline Sleutjes Roberto sobre o prazo para que a maternidade volte a funcionar, Sandrini citou que antes de abrir a unidade é preciso que a equipe de sustentação esteja completa, sendo necessário aguardar os prazos de contratação dos que passaram em concurso, e a admissão terceirizada de médicos, visto que no concurso não houve interessados.

A vereadora Aline também perguntou sobre as ações previstas para 2015 e que não foram realizadas, a falta de vacinas e o valor destinado à participação do Município no Consórcio Paraná Medicamentos. 

O secretário justificou que muitas das metas são inviáveis e falta orçamento; que a falta de vacinas ocorreu devido a problemas no Ministério da Saúde e sua regularização esta prevista para ocorrer nos meses de maio ou junho; e que, os recursos do consórcio cobrem as despesas com os medicamentos destinados à farmácia básica, havendo outras fontes para aquisição de remédios especiais.

*Assessoria de Comunicação da Câmara Municipal de Castro.






quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

SESSÃO 17-02: TRANSPORTE UNIVERSITÁRIO É DISCUTIDO NA CÂMARA



A Câmara Municipal de Castro realizou na tarde desta quarta-feira, 17 de fevereiro, a primeira sessão ordinária do ano de 2016. Na ordem do dia e primeira votação constava o projeto de lei 173/2015, que tramita na Casa e concede auxílio transporte aos estudantes de curso superior e curso técnico. 

Em 2008 o Legislativo apresentou e aprovou uma emenda à Lei Orgânica Municipal e passou a exigir que anualmente o Município invista 28% de seu orçamento na educação, 3% acima do limite constitucional de 25%, e que este percentual poderia ser utilizado para o custeio do deslocamento dos estudantes, como é feito por muitas cidades da região.


Previsto nesta porcentagem de 3% estaria o transporte universitário, dentre outros. A luta do Legislativo pelo benefício é antigo.


A vereadora Aline Sleutjes fez questão de frisar em sua fala que a bandeira é levantada pela Câmara há anos e que todos lutam por essa conquista. “Se dermos oportunidade aos nossos cidadãos de estudarem, se qualificarem, teremos mão de obra qualificada para que supram vagas de emprego aqui, muitas vezes preenchidas por pessoas de fora, e nossos jovens não precisarão mais ir embora quando se formarem”, disse.


O projeto 173/2015 passaria por primeira votação, mas não foi votado, devido a pedido das Comissões Permanentes de Constituição e Justiça que solicitaram que seja realizada Audiência Pública para debater sobre a definição da pontuação a ser atribuída a cada critério de classificação para recebimento do auxílio transporte, ficando dessa forma mais definido, justo e transparente.

A data da audiência será definida nos próximos dias e divulgada no site da Câmara e no Diário Oficial do Município, para que todos os interessados sejam informados e participem do debate.

Ainda na sessão de hoje foram discutidos e votados e aprovados seis requerimentos. 

Na sequência, também recebeu voto favorável de todos os parlamentares o projeto de lei n° 07/2016, que altera cargos da Secretaria Municipal da Saúde, extinguindo cargos e alterando denominações, para se adequar a nova realidade da saúde em relação a reabertura do hospital, sem acarretar aumento de despesa com pessoal.


Além do projeto que concede o auxílio transporte, outras três propostas de lei foram levadas ao plenário para primeira discussão. A proposição de lei complementar n° 03/2015  e o projeto de lei 192/2015, proposição que autoriza o Executivo a realizar a transferência de titularidade de imóveis relativos aos Programas Habitacionais do Município  foram retirado devido a pedido de vistas.


Assim, apenas o último projeto foi aprovado, alterando a Lei n° 1.467/2006 para melhor dispor sobre o processo de tombamento histórico no Município, estabelecer as competências do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural e criar o Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial.


Das demais proposições apresentadas, destaca-se a de nº 08/2015, da vereadora Aline Sleutjes, que indica a necessidade de medidas que conscientizem e solicitem a construção de calçadas por proprietários, e ainda que, no entorno dos espaços públicos, esta medida seja tomada em caráter de urgência pelo Executivo e Legislativo.


Esta é uma problemática considerável no município visto que com o crescimento no número de veículos na área urbana, o pedestre fica cada vez mais vulnerável, principalmente os com dificuldade de locomoção, como, por exemplo, o idoso, deficiente visual ou cadeirante.


Aline defende a implementação de acessibilidade nas edificações e meios de transporte, pensando na locomoção e bem estar de todos os pedestres em especial os que possuem mobilidade reduzida. Outras proposições já foram apresentadas acerca desta questão pela vereadora.


Indicação de nº 09/2015  também solicita melhorias nas estradas da Localidade de Guabiroba, esta é uma solicitação dos moradores que relatam que as vias estão em péssimo estado, dificultando a locomoção de veículo, transporte escolar, ônibus e outros veículos com segurança. A medida visa à qualidade de vida dos moradores deste local.


A próxima sessão será realizada na quarta-feira, dia 25, às 14 horas, no Plenário da Câmara.
            
              fotos: Claudia Geisler





segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

10 hábitos para cuidar melhor da mente

Em tempos de crise, vivemos como se estivéssemos correndo contra o tempo. Como se tudo tivesse que ser resolvido para ontem, e 24 horas no dia já não é mais o suficiente para resolver as pendências. Deixar para amanhã? Nem pensar! Tudo precisa ser resolvido aqui e agora. Com isso vem aquela terrível dor de cabeça, estresse e desgaste.

Então, que tal pensar em ir por outro caminho? Abaixo, uma lista com dez dicas simples que vão ajudar a cuidar melhor da sua mente:

1) Ouça músicas que fazem você se sentir bem. Sempre existem aquelas músicas que, quando ouvimos, nos sentimos em outro lugar, os pensamentos voam longe, esquecemos um pouco da nossa vida e entramos na música, nas palavras, na ideia que ela transmite. Isso faz com que o nosso cérebro se desligue da loucura do dia e relaxe.

2) Tire o fim de semana para ficar com a família ou encontrar aqueles amigos que você não vê faz tempo. É normal que, ao ficarmos mais velhos, a responsabilidade aumente e, por consequência, deixemos de lado algumas coisas ou pessoas que antes faziam parte quase que integralmente de nossas vidas. Uma maneira de relaxar é encontrar com os amigos para se distrair, jogar conversa fora, falar de assuntos que você gosta. Tire esse momento para focar em sua diversão e desfrute do bem-estar que seus amigos lhe trazem!

3) Estabeleça um horário para dormir e acordar. Quando conseguimos descansar e usufruir de uma boa noite de sono, o dia seguinte rende muito mais. Acordamos dispostos, sem dores de cabeça e o mau-humor é deixado de lado. Isso porque nosso cérebro e corpo “desligam”, trazendo sossego. 

4) Dê-se um presente uma vez por mês, ou no prazo que você se sentir mais confortável. Não precisa ser nada caro, apenas para que você tenha a sensação de que está fazendo algo por você mesmo.

5) Leia! A leitura traz inúmeros benefícios para nós. Além de exercitarmos nosso cérebro, a leitura é capaz de nos fazer “desligar” da tomada (assim como a música). Leia coisas diferentes, se você é acostumada a ler romance, leia um livro de ficção científica – já pensou? Encare novos desafios, você pode começar por aí!

6) Tome bastante água! Pode parecer que não, mas a água tem um poder enorme para nos fazer bem. Um desses poderes é em evitar retenções de líquido e inchaços, e quando estamos bem com nosso corpo, estamos bem com a nossa mente também.

7) Se tiver um cachorro, passeie com ele. Além de fazer um bem enorme para o seu bichinho, você estará dividindo um momento de lazer na companhia de um grande amigo, e não tem coisa melhor, né?

8) Quando estiver angustiado, compartilhe sua angustia com alguém de confiança. Quando falamos sobre o que está nos incomodando, é uma maneira de diminuir a angústia, assim como também nos faz pensar melhor se aquilo realmente vale o nosso desgaste.

9) Escreva, mesmo que você não tenha o hábito de escrever. A escrita também é uma maneira de expor nossos sentimentos. Às vezes não queremos falar, mas precisamos colocar pra fora aquele nozinho que está na garganta. Escrever pode ajudar: escreva no computador, no papel, no guardanapo da padaria... 

10) Seja fiel a você e aos seus valores e, principalmente, ao que você acredita. Não se deixe levar por opiniões de quem não sabe o que está se passando com você. Não passe por cima de seus valores porque outra pessoa disse para você que isso ou aquilo é certo. Siga o que seu coração está lhe dizendo – não existe remédio melhor para uma mente tranquila.

Por Thaiana Filla Brotto -Psicóloga - 





sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

País terá neste sábado Dia de Mobilização para combate ao Aedes aegypti

O governo federal promove neste sábado (13) o Dia Nacional de Mobilização para o Combate ao Aedes aegypti. A ideia é mobilizar famílias no combate ao mosquito transmissor do zika, que também é vetor da dengue e da chikungunya.  Três milhões de famílias deverão ser visitadas em suas casas, em 350 municípios.

Para isso, ficou determinado o deslocamento de ministros a vários estados a fim de participar ativamente da mobilização, conversando com prefeitos, governadores e batendo nas portas das casas. Os destinos de alguns membros do primeiro escalão já foram definidos, como os do titular da Saúde, Marcelo Castro, que seguirá para Salvador, e do chefe da Casa Civil, ministro Jaques Wagner, que irá a São Luís.

O ministro da Cultura, Juca Ferreira, irá para Aracaju; a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, visitará o Recife; o ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, participará da ação em Maceió, e Ricardo Berzoini, titular da Secretaria de Governo da Presidência da República, viajará a Manaus.

O ministro da Defesa, Aldo Rebelo, por sua vez, irá a São Paulo. Ele vai se encontrar com o governador do estado, Geraldo Alckmin, em Campinas. "Estaremos presente nos estados. Acho que a presença dos ministros é um testemunho do compromisso e do esforço do governo federal para a contenção do mosquito e dos males que ele causa", afirmou Rebelo.

As Forças Armadas deslocaram cerca de 220 mil militares para a ação. Eles vão acompanhar os agentes de saúde no trabalho de conscientização, casa a casa. Foram usados dois critérios para definir as cidades que serão visitadas na campanha; municípios com a presença de unidades militares e os com maior incidência do mosquito Aedes aegypit, conforme dados do Ministério da Saúde.

"A campanha é de mobilização, de convocar a população a fazer parte do esforço de combate ao mosquito e essa mobilização terá que ser feita de casa em casa. Nosso propósito é alcançar pelo menos 3 milhões de domicílios e distribuir pelo menos 4 milhões de folhetos neste sábado", acrescentou Aldo Rebelo.

Emergência internacional


No início do mês, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou emergência internacional de saúde pública em virtude do aumento de casos de microcefalia associados à contaminação pelo vírus zika. A situação é preocupante, segundo a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, por causa  de fatores como a ausência de imunidade entre a população, a falta de vacinas, tratamentos específicos e testes de diagnóstico rápido, além da possibilidade de disseminação global da doença.

Transmitido pelo Aedes aegypiti, o mesmo transmissor da dengue e da chikungunya, a zika provoca dor de cabeça, febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos. Outros sintomas menos frequentes são inchaço no corpo, dor de garganta, tosse e vômitos. A grande preocupação, no entanto, é a relação entre o zika e a ocorrência de microcefalia.



quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Contra a Dengue: Em apenas dois bairros, Prefeitura de Castro detecta 24 lotes sujos

O trabalho de combate à dengue continua intenso em Castro. Após encerrar o prazo para que os proprietários de todos os lotes e terrenos baldios fizessem a limpeza dos imóveis, a Prefeitura deu início à limpeza dos locais que não foram limpos pelos proprietários, com o respectivo lançamento da cobrança da taxa no Cadastro Imobiliário – além de aplicar multa aos donos dos imóveis. Esta é uma das medidas adotadas pela Prefeitura no combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.

O diretor-geral da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos, Vinícius Parizotto Gustman, explica que no Jardim Cantagalo foi identificado e limpo um terreno baldio, além de toda a extensão no entorno da linha férrea. No Padre Piva, foram quatro terrenos, incluindo um pertencente à Prefeitura. 

Mas, a situação mais complicada identificada até agora está no bairro Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e Jardim Colonial, onde, durante o levantamento dos locais que precisam ser limpos, foram detectados 24 terrenos. “A situação está muito complicada nesta região. Até agora, fora a limpeza do matagal, já recolhemos quatro caminhões cheios de lixo nesta região”, explica Gustman.

A Organização Mundial de Saúde e a Organização Pan-Americana de Saúde emitiram nesta semana um alerta mundial sobre a epidemia de zika vírus. “Este tem se tornado um problema mundial de saúde. Por isso, neste momento tão delicado, administração pública e população precisam se unir para combater a doença. Para isso, é fundamental eliminarmos o Aedes aegypti”, reforça o prefeito Reinaldo Cardoso.

Diante da situação, a Prefeitura havia publicado no Diário Oficial Eletrônico do município no dia 19 de janeiro 'Edital de Notificação para Limpeza de Lotes e Terrenos Baldios - Construções e edificações abandonadas no município de Castro'. 

Com isso, os proprietários de todos os lotes e terrenos baldios de Castro tinham até 15 dias – contados da data de publicação - para fazer a limpeza dos imóveis, assim como providenciar a manutenção da limpeza. O prazo esgotou na terça-feira (2). “O prazo para limpeza dos lotes – 15 dias – foi publicado em Diário Oficial e não será ampliado, porque é uma questão de saúde pública e precisamos impedir a proliferação do Aedes aegypti no município”, frisa. 

O alerta do diretor-geral é para que os proprietários façam a limpeza o quanto antes. “E, não basta retirar o matagal. É preciso retirar o lixo dos lotes. Além disso, a orientação é para que depois de fazer a limpeza os proprietários cerquem os terrenos, pois isso contribui para que não seja jogado mais lixo no local”, completa. 

A Prefeitura também realiza, conforme Gustman o recolhimento dos resíduos que são retirados dos imóveis. Mais informações e agendamento do trabalho podem ser feitos pelo telefone 2122-5538.
Além do serviço de coleta de lixo – que vai para o aterro sanitário - e da coleta seletiva de material reciclável, o município conta também com o Eco Ponto, no Jardim Bailly. 

Lá é possível descartar resíduos de obras, podas de jardim, eletroeletrônicos, móveis velhos, e material reciclável. O horário de atendimento é de segunda a sexta das 8h30 às 11h30 e das 13h30 às 17 horas e aos sábados, das 8h30 às 11h30.

A população pode ainda denunciar quem descarta resíduos de forma irregular. “Fotografias que identifiquem a placa do carro e o local nos ajudam bastante, pois a partir da placa podemos identificar o proprietário. 

E, a identidade de quem faz a denúncia não é divulgada”, frisa. Para fazer a denúncia basta ir até a Vigilância Sanitária que está sediada na Secretaria Municipal de Saúde, ou registrar sua denúncia via Ouvidoria no site da Prefeitura – www.castro.pr.gov.br. Para isso basta acessar a aba Serviços online, do lado esquerdo da página, e, em seguida, acessar a opção Ouvidoria Municipal.


COMBATE


Com o aparecimento de larvas do Aedes aegypti em Castro, a Secretaria Municipal de Saúde tem intensificado o combate contra o mosquito. Durante todo o mês de janeiro foram realizadas quase quatro mil vistorias e realizado georreferenciamento em cerca de 3.800 imóveis do município.

No Paraná, 11 municípios já entraram em situação de epidemia. Há o risco deste número aumentar, visto que três em cada quatro cidades do Estado são consideradas infestadas pelo Aedes aegypti. Assim, para reforçar o combate ao mosquito Aedes aegypti, a Secretaria de Saúde do Estado do Paraná (Sesa) realiza neste sábado de Carnaval (06) a Hora H de combate ao Aedes aegypti.

O objetivo é convocar todos os paranaenses a vistoriar casas e quintais simultaneamente, às 10 horas da manhã, a fim de eliminar criadouros do mosquito transmissor da dengue, da zika e da chikungunya. A recomendação para a Hora H é que sejam vistoriados lajes, calhas, coletor de água da geladeira ou ar-condicionado, ralos, vasos sanitários, piscinas ou plantas que acumulam água, entre outros.

De acordo com dados da Sesa, no Paraná, mais de 90% dos criadouros encontrados pelas equipes de saúde estão dentro de residências e quintais. O principal vilão é o lixo, mas todo objeto ou local que possa acumular água precisa ser verificado e eliminado. Muitos focos do mosquito são identificados em locais de pouca visibilidade, como em ocos de árvore, ralos, reservatórios de água de geladeiras e ar-condicionado, calhas, entre outros espaços.

*Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Castro





sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Farmácia Popular: Receitas passam a valer por 180 dias


A partir do dia 12 de fevereiro as receitas de medicamentos adquiridos pelo Programa Farmácia Popular passarão a ter o prazo de validade estendido de 120 para 180 dias, ou seja, agora essas receitas só precisarão ser renovadas a cada seis meses. Apenas a validade do receituário continuará sendo de 365 dias.

A responsável pela Divisão de Assistência Farmacêutica de Castro, Juliana Silva Avila, explica que a medida é positiva tanto para usuários, quando para o SUS. “Como se trata de medicamentos de uso contínuo, a mudança acaba sendo uma medida prática, pois diminui a demanda de consultas para esse fim, lembrando que se o paciente precisar de atendimento médico nesse período basta procurar a unidade de saúde”. 

Entre as mudanças contidas na Portaria 111/2016 do Ministério da Saúde, está a obrigatoriedade do endereço da residência do paciente. Segundo o Ministério da Saúde, o endereço na receita ou no atestado já é uma exigência prevista em Lei 5.991/1973, que dispõe sobre o Controle Sanitário do Comércio de Drogas, Medicamentos, Insumos, Farmacêuticos e Correlatos.

Outra mudança prevista na portaria está relacionada ao preenchimento das informações do endereço completo do paciente, que agora pode ser feito também pelos farmacêuticos, e não mais somente pelos médicos.

Além disso, o governo manteve os 14 medicamentos gratuitos para tratamento de hipertensão, diabetes e asma, e os dez na modalidade de copagamento para rinite, dislipidemia, osteoporose, mal de Parkinson e glaucoma, contraceptivos e fraldas geriátricas para incontinência.



FARMÁCIA POPULAR


O Programa Farmácia Popular do Governo federal tem o objetivo de ampliar o acesso aos medicamentos para as doenças mais comuns entre os cidadãos. O Programa oferece medicamentos com descontos de até 90% e até medicamentos gratuitos.

O Programa possui duas modalidades: uma Rede Própria de Farmácias Populares e a parceria com farmácias e drogarias da rede privada, chamada de 'Aqui tem Farmácia Popular', sendo que em Castro é possível encontrar o programa nas farmácias e drogarias da rede privada.

Na Farmácia Popular os usuários encontram medicamentos para hipertensão, diabetes e asma com preços até 90% menores que os cobrados nesses estabelecimentos. Qualquer cidadão pode se beneficiar do programa.

Para obter remédios do Programa Farmácia Popular em drogarias e farmácias privadas, basta apresentar a receita do médico e o CPF.



*Com informação do Ministério da Saúde



Fiocruz detecta vírus zika com potencial de infecção em saliva e urina

O presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, disse nesta sexta-feira (5), no Rio, que o zika vírus foi encontrado de forma ativa na urina e na saliva. A descoberta foi feita a partir da análise de amostras de dois pacientes com sintomas compatíveis com o vírus zika.

Segundo Gadelha, isso  "muda o patamar e a forma que estamos tendo que desdobrar as pesquisas". No entanto,"o significado dessa descoberta na transmissão ainda deve ser esclarecido".

Os cientistas observaram que o material coletado nas amostras dos pacientes - além de conter a presença do vírus zika, confirmada pelos chamados testes PCR - também foi capaz de provocar danos em células em testes de laboratório.

Isso comprova a atividade viral, segundo os cientistas. Ainda assim, pesquisas aprofundadas serão necessárias para comprovar se necessariamente haverá infecção através de fluidos.

"O fato de haver um vírus ativo com capacidade de infecção na urina e na saliva não é uma comprovação ainda, nem significa que necessariamente o será, que há possibilidade de infecção de outras pessoas de maneira sistêmica através desses fluidos", disse Gadelha.

"Antes, só foram encontradas partículas não infecciosas. Mas ainda é preciso pesquisar para saber se é possível que se infecte outra pessoa", reforçou.

Pesquisadores da Fiocruz anunciam descoberta
sobre zika vírus em coletiva nesta sexta-feira,05


RECOMENDAÇÕES

Ainda assim, a Fiocruz fez uma série de recomendações. O cuidado com gestantes é uma preocupação da pesquisa, segundo Gadelha.

"Recomendamos às gestantes que evitem grandes aglomerações, que evitem que compartilhem copos e materiais levados à boca. Pessoas que convivam com gestantes e tenham sintomas de zika devem ter uma responsabilidade adicional", afirmou.

"A evidência de hoje não faz com que nos digamos às pessoas que elas não podem ir para o carnaval", acrescentou Gadelha.
O fato de haver a possibilidade de contaminação por urina e saliva, segundo a Fiocruz, não diminui a necessidade de se combater o mosquito Aedes aegypti.

Apesar da descoberta, a Fiocruz acredita que não há possibilidades altas de contaminação por zika durante os Jogos Olímpicos do Rio, realizados em agosto.

"O mês de agosto é um mês de baixa transmissão vetorial. Já está sendo feito um trabalho para o controle de vetores. A população agora talvez entenda que tem que ajudar neste controle", afirmou Gadelha.

A pesquisa foi liderada pela pesquisadora Myrna Bonaldo, chefe do Laboratório de Biologia do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).


quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

"Os Miseráveis" do Brasil: desigualdade social não é prioridade do governo

Eugênia Oliveira possui a resignação daqueles que a vida nunca poupou, e está feliz porque não há ratos rondando seu barraco de madeira. "Graças a Deus". Eugênia tem 35 anos, seis filhos e em breve sete, vive em um dois cômodos de arquitetura tosca e perigosa em Paraisópolis, uma favela do sul de São Paulo, a megalópole brasileira. Uma cortina grudenta separa a cozinha de cerca de 4m² de um quarto de dormir pouco maior, onde se amontoa a família em meio à sujeira e à umidade, com a televisão ligada na Globo, a emissora mais popular do país. "No inverno a gente congela, no verão a gente cozinha", ela brinca.
Quando sua filha mais nova nasceu com um problema cerebral, Eugênia teve de deixar seu emprego de faxineira e a casa de alvenaria que ela ocupava em outra área da favela, por não poder pagar o aluguel exorbitante (R$ 300) que o proprietário lhe pedia. Ela se mantém com o Bolsa Família, oferecido pelo Estado aos mais miseráveis em troca da escolarização dos filhos, e está esperando por uma pensão para sua filha.
Nessa noite de janeiro, a água da chuva misturada ao esgoto escorre ao longo de uma rua lamacenta. O cheiro de urina se mistura ao do de fritura das cozinhas dos arredores, em meio ao barulho gerado pela proximidade entre as casas. A algumas centenas de metros dali, é possível ver os prédios luxuosos do Morumbi, abrigando apartamentos de milhões de reais, com piscina, varanda e sauna, onde trabalham como empregados domésticos alguns moradores dessa favela.
Com esses contrastes chocantes, prova das vertiginosas desigualdades, Paraisópolis confirma as estatísticas que mencionam uma distorção da distribuição de renda equivalente à do início do século 19 na França ou no Reino Unido, época dos "Miseráveis" de Victor Hugo e dos romances de Charles Dickens, como lembrou no dia 5 de janeiro a revista semanal brasileira "Carta Capital". Segundo a ONG Oxfam, 62 bilionários detêm uma riqueza equivalente à da metade da população mundial, ou seja, 3,6 bilhões de pessoas. Entre eles, há dois brasileiros: o empresário e ex-campeão de tênis Jorge Paulo Lemann e o banqueiro Joseph Safra.
No Brasil, os dados não permitem medir as desigualdades de patrimônio, mas só a diferença de renda já dá uma ideia do problema: segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o 1% dos mais ricos, em 2014, ganhava em média R$ 14.548 por mês, ante R$ 155,00 no caso dos 10% mais pobres. Quase cem vezes menos. "É bem alarmante", observa Marc Morgan Mila, aluno de Thomas Piketty, que está redigindo uma tese sobre as desigualdades brasileiras na Escola de Economia de Paris.

O temor de um retrocesso

Ele diz que o culpado disso é um sistema de tributação que, em certos sentidos, confere ao Brasil um aspecto de paraíso fiscal. As rendas obtidas dos dividendos das empresas e recebidas por pessoas físicas não são tributadas, a tributação do patrimônio é quase inexistente, a das heranças é leve e o imposto sobre a renda é pouco progressivo, com uma alíquota máxima de 27,5% (contra mais de 40% na França). A maior parte das receitas fiscais vem dos impostos indiretos cobrados do consumo como o ICMS, que ricos e pobres pagam de maneira idêntica e injusta. No final, um milionário paga proporcionalmente 25% a menos do que um trabalhador de classe média.
"Após a abolição da escravatura em 1888, o Brasil não teve uma verdadeira reforma agrária, e assim foram perpetuadas as desigualdades de renda que também são desigualdades de gênero e de raça", comenta André Calixtre, diretor de estudos no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em Brasília. Os grandes proprietários fundiários, ex-colonos, brancos, transformaram sua fortuna agrária em patrimônio industrial, financeiro ou imobiliário, enquanto os descendentes de escravos se mantiveram na pobreza. Em 2014, um homem branco ganhava em média R$ 2.393,00, contra R$ 956,00 no caso de uma mulher negra, ressalta Calixtre.
No entanto, o Brasil, ex-astro dentre os países emergentes, no começo dos anos 2000 tomou o caminho do desenvolvimento que primeiramente beneficiou os mais pobres. Com a ajuda do boom do preço das matérias-primas e da política social do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), que ocupou o poder de 2003 a 2010, 25 milhões de brasileiros saíram da pobreza. De 2002 a 2014, o salário mínimo aumentou 77% em termos reais, ou seja, bem mais que a renda média (+40%). Entre 2004 e 2014, o índice de brasileiros que vivem em extrema pobreza, com menos de US$ 1 por dia (R$ 3,93), caiu para um terço, de 9,37% para 3,09%.
"A desigualdade diminuiu, mas não o suficiente", comenta Katia Maia, diretora da Oxfam Brasil. Para ir além, faltava a reforma fiscal que é o que se esperaria de um governo de esquerda. Pragmático, o ex-presidente tomou o cuidado de não assustar o "muro do dinheiro": "O Lula concentrou sua ação em ajudar os mais pobres, sem incomodar os mais ricos", resume Morgan Mila. Essa tática foi colocada em evidência por algumas pessoas desde que ele chegou ao poder em 2003, quando foi pela primeira vez à cúpula econômica de Davos, símbolo do capitalismo, e a seu contraponto, o Fórum Social de Porto Alegre.
Hoje, a recessão, a inflação de dois dígitos e o aumento do desemprego trazem os temores de um retrocesso. Em 2015, o país perdeu 1,5 milhão de empregos e a economia informal vem crescendo. Só que "o melhor programa social é o emprego", acredita Heloísa Oliveira, da fundação Abrinq, que visa proteger as crianças e os adolescentes. "A crise pode agravar a vulnerabilidade dos mais jovens", ela diz preocupada, lembrando que em 2010 19% das mães brasileiras tinham menos de 19 anos e que, no Nordeste, mais de um terço da população tem entre 0 e 18 anos e vive em favelas. Em certos Estados como o Acre, na Amazônia, o mais pobre do país, o coeficiente Gini, que mede as desigualdades, voltou a se agravar em 2015. Oliveira lamenta que não se tenha colocado mais ênfase na educação, pensando no futuro.
Mas não é mais tempo de gastar. A presidente Dilma Rousseff (PT), ameaçada de impeachment, desde 2014 parou de conduzir uma política social seguindo o modelo de seu antecessor, passando a adotar o rigor. Mesmo os sagrados gastos com o Carnaval, que será no início de fevereiro, foram revistos para baixo. Essa austeridade pode se revelar positiva caso Brasília reforme um Estado gastador e pouco eficiente, mas também negativa caso os cortes orçamentários sejam feitos de qualquer jeito e afetem os programas sociais, a ponto de comprometer a ambição do Brasil de fundar uma sociedade mais igualitária.

De 2003 a 2010, 25 milhões de brasileiros saíram do estado de pobreza.
Mas, com a recessão que assola o país, a redução das desigualdades
deixou de ser uma prioridade