A vereadora usou a tribuna nessa sessão para falar acerca de
vários assuntos. Um deles foi sobre um ofício de teor agressivo da Secretaria
de Segurança, em resposta a um Requerimento da vereadora apresentado na sessão
do dia 15 de abril, o qual ela solicitava à Secretaria, juntamente com a PM,
Polícia Civil e Conselho Tutelar, que realizassem fiscalização a
estabelecimentos com o intuito de coibir de venda de bebidas a menores, drogas,
prostituição infantil, além do cumprimento à Lei Complementar 36/2011.
O intuito da vereadora, mal interpretado pela secretária de Segurança, é o combate a essas práticas de criminalidade que
estão afetando a vida da população e intensificar as ações que visem à
segurança dos munícipes.
Ela ainda citou a forma como alguns secretários respondem aos questionamentos do Legislativo.
Ela ainda citou a forma como alguns secretários respondem aos questionamentos do Legislativo.
A vereadora também fez um desabafo sobre as críticas, por parte de alguns através
das redes sociais, WhatsApp e folhetins, devido ao apoio ao governador Beto Richa. "Para esses oportunistas, falar mal, plantar mentiras, envenenar cidadãos que já estão inflamados e decepcionados com tantos desmandos passou a ser uma missão" disse ela, e continuou com pedido desculpas aos professores presentes se foi de alguma forma co-responsável pela eleição do
governador.
“Se soubéssemos de seus desmandos, de sua arbitrariedade; se
tivéssemos uma ‘bola de cristal’, nem eu, nem os demais castrenses e
paranaenses, inclusive, vários professores, teriam votado nele”, declarou.
Ela reafirmou que em nenhum momento aceita qualquer ação de
violência e desrespeito ao professor e servidor e lembrou que desde o primeiro
dia de greve esteve ao lado dos professores, lutando, defendendo e intercedendo
junto aos deputados.
Aline ainda comentou sobre a carta em repudio, apresentada
por ela e assinada por todos os vereadores em manifestação contra o ataque aos
servidores no dia 29 de abril.
O pedido foi feito à vereadora na caminhada realizada na última
quinta-feira, 30, onde professores pediram um posicionamento dos representantes
do Município.
Leia a carta na íntegra:
Castro, 05 de maio de 2015.
Excelentíssimo Governador do Estado do Paraná, Senhor Beto
Richa
Foi com grande perplexidade e tristeza que acompanhamos toda
ação violenta sofrida pelos nossos professores e servidores do Estado do
Paraná. Ação esta comandada pelo seu Governo, com o intuito de barrar,
amedrontar e intimidar aqueles que lutavam pelos seus direitos. Professores,
professoras e servidores protestavam contra o projeto 252/2015, que propunha
mudanças no sistema previdenciário. O confronto, conforme toda a população
brasileira acompanhou pela mídia, deixou mais de 200 feridos, alguns em estado
grave.
Entendemos que a manifestação dos servidores em frente à
Assembleia Legislativa, que é a casa do Povo, mas que, dessa vez, teve as
portas cerradas para impedir o acesso e o direito do cidadão, é de suma
importância para a consolidação de uma sociedade democrática.
Por isso, nos solidarizamos com todos os professores,
servidores, suas famílias e com toda população que discorda de tais atitudes e
que tiveram a cidadania ferida pela repressão e autoritarismo desse Governo.
Queremos um estado democrático onde nossos representantes,
realmente, nos representem, onde o povo seja bem recebido em sua casa, onde o
cidadão tenha o direito de questionar leis que entram em ‘toque de caixa’ para serem
apreciadas, onde as comissões e deputados tenham condições de conhecimento real
dos conteúdos, onde os projetos sejam amplamente discutidos, onde a democracia
seja o pilar real da nossa sociedade.
Não podemos aceitar que nossos líderes nos privem da
liberdade e dos direitos inalienáveis, como o direito à livre manifestação. Os
homens, com espírito público, não podem nunca se furtarem ao diálogo e a
negociação com os cidadãos de bem. Optar pelo confronto e pela intolerância só
seria realmente capaz de promover cenas como as que, infelizmente, presenciamos
no dia 29 de abril de 2015 na cidade de Curitiba.
Se houveram excessos de quem é que sejam, policiais,
políticos, cidadãos, grupos inseridos na manifestação, com outros objetivos,
pessoas com interesse próprio ou partidário, que as investigações avaliem e
punam, pois cenas como estas precisam ser banidas de nossa sociedade.
Esse dia, lamentavelmente, entrará para a história do
Paraná, como o dia que o seu governo ultrapassou todos os limites da
civilidade. As feridas, os machucados, os cortes o tempo apagará, mas as
lembranças das pessoas que presenciaram todo esse caos, certamente nunca serão
apagadas da memória.
Somos eleitos para representar os interesses da população e
por ela lutarmos. É por esse motivo que nós vereadores nos manifestamos
contrários às práticas adotadas, repudiando toda e qualquer forma de ataque e
violência, principalmente, nesse caso contra professores, onde suas armas eram
palavras de ordem e a busca da preservação dos seus direitos.
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" Enquanto houver vontade de lutar haverá esperanças de vencer"
Santo Agostinho